Selos

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

16/17

Quase nunca me senti assim tão em mim, quase aos 17 anos, ainda neném na fé, quase adulta no pensamento, inoscencia de criança e historiadora como qualquer vovó por ai. (quase uma grande menina e uma pequena adulta?).
Vou ser quem eu quiser ser no AGORA! Que percebam-me em minha bondade, que enxerguem as estribeiras que eu mesma criei, olhem meu valor e perdoem meus excessos, exageros trasbordados pelos poros... Exagero de história, exagero de amor, exagero de dramas, exagero de coisa ruim também, exagero de exagero! Exagero de mim!
Tenho um exagero de vontade, vontade de gritar pro mundo, sobre meu tudo e o meu nada que eu vou me achar, me encontrar no hoje, mas não temer em me perder, eu vou arriscar com a fé que carrego no peito! Quero sentir todas as marcas de um sorriso e também os Kilos de uma lágrima, vou esquivar das pedradas, mas saber pagar o preço das minhas escolhas e principalmente das minhas palavras.
Tropeçar nos meus 17 não é ultrapassar o 16, aliás, não é apenas isso, não é ficar apenas mais velha, adolescente e responsável.
É mais um ano na matemática da minha vida, é o momento onde as idéias saltam de dentro de mim, o sonho se acorda para aos poucos se realizar, é almeijar o equilíbrio mais se auto desiquilibrar, não é ter 17 anos de vida, é ter 17 anos de história feita, escrita, cheias de crises, choros, perrengues, pessoas, idas e vindas, encontros e desencontros... É ter a marca na pele, no corpo e no coração todo acontecimento que passou diante de ti, todos os anos que logo passam e são esses mesmos anos que nos deixam lembranças...
Anos de pura história de um dos papéis, histórias de Paula Lopes Oliveira, bem vindo a história!

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

E ai caro poeta?

O que seus olhos veem no amanhecer do sol ou num filme real de crepúsculo anual?
O que você sente ao se aliviar num dia exausto e conquistar tempo para si mesmo?
O que você pensa quando sente no silêncio do dia, o vento, tocando sua pele te acariciando por inteiro?
O que você acha de quando você lê as palavras de um livro que te deixa te envolver?
O que você acha de não mais temer a qualquer situação?
O que você acha de ceder e me responder?
Como é pisar em um lugar de pessoas de cabeça vazia, poder caminhar ao lado dos sujos insetos que percorrem nos lugares mais altos, o que você de caminhar por sobre o lixo, por sobre vômito que aqueles botam pra fora tudo aquilo que verdadeiramente não são, o que você acha desse mesmo solo ser ainda o solo consagrado e sagrado de flores ainda vivas, boas sensações, pessoas que se salvam, amor vivo, infinidades e afinidades?
Afinal, o que seus olhos veem caro poeta?

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Minha doce solidão

Alguém bate na porta, abrimos, sem mesmo olhar no olho mágico, não desconfiamos de nada?!
Um sentimento de estar só me invade, aquele sentimento de abandono, de ausência e angústia
transfiguram-se em cenas em slow motion e o áudio visual é qualquer coisa barata, típico de filme americano!

Minh’alma não se inquieta.

As borboletas que outrora no meu estomago faziam cócegas, agora se rebatem a fim de cortar meu interior, me fazem sangrar.

Bem, porque tanto espanto?

Senta, levanta, desce, corre, para!

A solidão nem é tão ruim, a situação de estarmos a sós é o mesmo que uma oportunidade para nos descobrir, ela nos revela detalhes fabulosos!
O barulho do meu calçado pisando em cada cômodo de casa, o abrir da geladeira, um saquinho plástico balançando ao vento lá fora no meu quintal...
A solidão traz a tona todo guardado, achado e perdido!
A solidão já é de casa, já está quase amiga.
Ela existe, insiste, persiste. Ela não é minha dona, não
me possui por inteira, eu sempre a venço, aliás, eu não, os outros a vencem por
mim!

A solidão me acena quando você vem ao meu encontro, você sim
é meu dono, você sim é capaz de despertar novas coisas, mas ela, eu sei, sempre
esta a espreita, pronta para voltar.
E chega de chorar a magoas de outrora, essa desgraçada doce
solidão não é nada ao meu lado! Eu sempre me dou por vencida!
Os outros a vencem junto comigo!


“Ninguém é maduro de verdade até que tenha enfrentado sua
própria solidão”

(Bento XVI)

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Primeiros Dias

É o primeiro dia que resolvi usar direito minhas alavancas, abri a janela com meus braços.
Três dias foram esses que já passaram, ainda não é tarde para observar...
Cheguei ao pé da janela, aos poucos a empurrei e mesmo entreaberta deixava-se escapar e fazia correr os brincalhões primeiros raios de sol que se fazia encher o quarto com a iluminação natural das coisas e das causas.
Dez dias foram esses que passaram após o nascimento, tenho o direito de querer também nascer ou ao menos dar novos passos, pra mim já basta!
Olho na janela do quarto, ele que se esconde nas minhas pinturas de parede, paro de frente para um espelho e faço o que qualquer um faz, crio asas e planos!
Querer mais paz, mais amor, mais graça, milagres acontecendo, sonhos se acordando para virar realidade, bocas se estendendo em sorrisos, olhares transparentes e brilhantes, mentes férteis, pessoas dignas em busca de valores próprios. Quero cada vez mais me transformar, mudar e estar de braços abertos para qualquer vento e estrada, quero um lugar ao sol, quero alcançar o céu.
Volto então de novo pra mim, reparo o céu confundido em mar, meu olhar eu disfarço, meu riso sobreposto por raios dourados que dançam em mim, ressoam em minha memória, agora, a vida em curta-metragem, estou totalmente aberta para qualquer desordem do dia. Que meus sentimentos me espanquem de felicidade, de modo, tenho um universo todo particular. O som do meu coração toca em sinfonia para todo o ambiente, estão sintonizados, o mundo todo para, enxergo a diante, cheiro de momento simples, de lembrança, de sonho se acordando, de janela em espelho, em humano virar natureza, sinal de liberdade, essa que tenho cada dia quando vou ao meu encontro, é a minha eterna metarmofose ambulante!
Sou eu cada vez mais querendo voar!