Selos

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Minha doce solidão

Alguém bate na porta, abrimos, sem mesmo olhar no olho mágico, não desconfiamos de nada?!
Um sentimento de estar só me invade, aquele sentimento de abandono, de ausência e angústia
transfiguram-se em cenas em slow motion e o áudio visual é qualquer coisa barata, típico de filme americano!

Minh’alma não se inquieta.

As borboletas que outrora no meu estomago faziam cócegas, agora se rebatem a fim de cortar meu interior, me fazem sangrar.

Bem, porque tanto espanto?

Senta, levanta, desce, corre, para!

A solidão nem é tão ruim, a situação de estarmos a sós é o mesmo que uma oportunidade para nos descobrir, ela nos revela detalhes fabulosos!
O barulho do meu calçado pisando em cada cômodo de casa, o abrir da geladeira, um saquinho plástico balançando ao vento lá fora no meu quintal...
A solidão traz a tona todo guardado, achado e perdido!
A solidão já é de casa, já está quase amiga.
Ela existe, insiste, persiste. Ela não é minha dona, não
me possui por inteira, eu sempre a venço, aliás, eu não, os outros a vencem por
mim!

A solidão me acena quando você vem ao meu encontro, você sim
é meu dono, você sim é capaz de despertar novas coisas, mas ela, eu sei, sempre
esta a espreita, pronta para voltar.
E chega de chorar a magoas de outrora, essa desgraçada doce
solidão não é nada ao meu lado! Eu sempre me dou por vencida!
Os outros a vencem junto comigo!


“Ninguém é maduro de verdade até que tenha enfrentado sua
própria solidão”

(Bento XVI)

Um comentário: