Selos

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Dente de Leão


Hoje já acordei melhor, minhas dores de ontem voaram em cima de uma das partes do meu dente de leão, junto com tudo isso voou minhas angústias e meu medo. Eu, que me achava tão segura de mim mesma percebi que a história não é bem do jeito que eu contava.
Ontem, um dente de leão, parado, a minha frente, pronto para ser assoprado e se eu ainda acreditasse em uma brincadeira de criança: Pronto para mais um novo desejo.
Quando o segurei e olhei a minha volta não havia ninguém e a história de criança talvez tenha se tornado realidade, olhei-o fixamente e idealizei algo parecido com um desejo e o assoprei. Partículas daquele meu dente estava voando ao meu redor, estavam dançando a minha volta, vejo agora toda natureza dançando por um vento mais forte que acabava de bater ali, naquele momento, naquele mesmo lugar.
Aquilo me soava como uma resposta, mas de onde vinha, de quem e como vinha é incerto.
Não pretendo ter resposta de todas as minhas perguntas, mas quando eu olhei de volta ao meu redor e olhei o meu dente de leão, agora só com o cabinho em minha mão percebia que não adiantasse o tamanho do meu desejo eu acreditaria e a resposta viria até mim. Não preciso seguir o mesmo exemplo do pequeno dente, eu teria que ser forte, não basta eu ficar parada, em um lugar imenso, esperando alguém, para me retirar dali e me assoprar, ou ainda esperar um vento mais forte para eu sair voando e sentir a liberdade. Agora eu entendo, aquele vento não era pra mim e sim pra liberdade daquele pequeno dente de leão que eu estava segurando firmemente, fazendo uma velha brincadeira de criança e tornando o velho sonho da pequena planta se tornar realidade!
"Liberte-se".

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